A Acção Social da Igreja radica na opção preferencial pelos pobres, no amor ao próximo e na promoção da Justiça
À Cáritas, como instância típica e oficial da Igreja para a promoção da sua acção social, pede-se, também, que exerça o seu papel na animação da pastoral social, contribuindo em especial para o conhecimento dos problemas e a sua leitura à luz da doutrina social da Igreja.
Se é verdade que a gestão das várias valências ocupam muito tempo e muitas pessoas, a animação pastoral é a preocupação fundamental, na certeza de que sem uma acção sociocaritativa bem organizada e competente é impossível conseguir-se alcançar os fins desejados. Neste âmbito é da responsabilidade da Cáritas animar e dinamizar as comunidades cristãs para uma acção social mais organizada e atenta a todos os problemas.
Prosseguiu o programa de apoio às paróquias, estendendo-se, este ano, à Quasi Paróquia de Nossa Senhora da Atalaia. Apesar do esforço de estender esta actividade a mais algumas paróquias, as que foram contactadas consideraram não estar reunidas as condições para iniciar na ocasião. Por outro lado, também se sentiu dificuldade em encontrar mais pessoas disponíveis para fazer a formação e aceitar serem animadores paroquiais.
Pretende-se apoiar o(s) grupo(s) existentes ou, caso não exista o sector da pastoral social organizado, ajudar e acompanhar a constituição de, pelo menos, um grupo de acção social e caritativa. Os animadores encontram-se com o(s) grupo(s) e o pároco com a regularidade que vier a ser determinada, até se considerar já não se justificar esta forma de apoio regular. As paróquias que integram este programa são: Alhos Vedros, Atalaia e Feijó.
O trabalho desenvolvido pelos animadores junto dos grupos (desde 2004) facilitou a sua organização interna, nomeadamente a nível da distribuição de tarefas, planeamento de acções junto da comunidade, levantamento das necessidades e dos recursos existentes na paróquia.
“O amor ao próximo, radicado no amor de Deus, é um dever, antes de mais, para cada um dos fiéis, mas é-o também para a comunidade eclesial inteira, e isto a todos os seus níveis: da comunidade local, passando pela Igreja particular, até à Igreja universal na sua globalidade. A Igreja, enquanto comunidade, também deve praticar o amor. Consequência disto é que o amor também precisa de organização, enquanto pressuposto para um serviço comunitário ordenado.”
Bento XVI, Deus Caritas Est, 20