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E, num tempo como o nosso, em que parece crescer uma incerteza em relação ao humano, e se debatem- como se fossem de todo indefinidas- a natureza e as fronteiras da nossa humanidade, é importante atender à irremovível dos gestos elementares de amor, que nos fundam para colhermos o significado disto que somos.”

D. José Tolentino Mendonça ” Que coisa são as nuvens”

 O português Miguel Duarte, de 26 anos, foi constituído arguído pela justiça italiana e enfrenta uma possível pena de 20 anos de prisão, devido à sua participação no resgate de migrantes e refugiados no Mar Mediterrâneo. A história de Miguel Duarte remonta a 2016, quando o jovem aluno de doutoramento em Matemática, natural da Azambuja, decidiu juntar-se à tripulação de um navio de resgate marítimo no Mediterrâneo central, o ‘Iuventa’.

A par do português Miguel Duarte, existem vários outros casos de voluntários e voluntárias que neste momento estão a ser acusados de apoio à emigração ilegal e ao tráfico humano, como o irlandês Seán Binder, que aguarda julgamento depois de ter estado 106 dias em prisão preventiva na Grécia, e que pode ser condenado a uma pena de 20 anos de prisão.

“O resgate humanitário não é um crime, mas também não é um ato heróico, é uma necessidade”, comentou o jovem de 25 anos.

 Veja a entrevista em: https://youtu.be/ycnem4uXRHY

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Pré-visualizar vídeo do YouTube Miguel Duarte: Salvar vidas não é um crime.

Miguel Duarte: Salvar vidas não é um crime.